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'Luiz está desolado', diz diretor de time sobre menino que denunciou racismo

Vídeo em que menino de 11 anos falou sobre assunto aos prantos viralizou. Ele recebeu apoio de jogadores como Neymar e Gabriel Jesus

O garoto Luiz Eduardo Bertoldo Santiago, de 11 anos, que denunciou ter sido vítima de vítima de racismo durante um campeonato de futebol em Caldas Novas, no sul de Goiás, ainda está abalado com o que ocorreu. Segundo Adriano Santos, diretor de relacionamento do Uberlândia Academy, time dele, o menino está "desolado" com o episódio e não está conseguindo se concentrar nas partidas.

"Luiz está desolado. Na quinta-feira, ele foi expulso da partida no começo do segundo tempo. Ele não está com a cabeça no lugar. Ele chorou, ele percebe o que está acontecendo com ele. Luiz, para quem não sabe, foi eleito o atleta do ano no Uberlândia Academy. Ele vendeu rifa para vir para cá e ele passa por uma situação desastrosa, impiedosa como essa", lamentou Adriano.

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O caso aconteceu na última quarta-feira (16), durante a Caldas Cup, e foi registrado na polícia. O técnico apontado como o autor das ofensas, Lázaro Caiana, negou as acusações e disse que não foi racista com o menino.

Um vídeo em que Luiz Eduardo relata as ofensas viralizou nas redes sociais. No registro, ele sai de campo chorando e conta o que ocorreu.

"Ele falava assim toda hora: 'Fecha o preto, fecha o preto, fecha o preto aí'. Eu guardei para falar no final. Ele falou um monte de vezes", disse o menino, aos prantos.

Pais lamentam

Logo após saberem do episódio, os pais de Luiz Eduardo, que moram em Minas Gerais, viajaram a Caldas Novas para dar suporte ao filho. O pai dele, Leonês Antônio da Silva, se emocionou ao falar do assunto.

"Só de olhar para o rostinho dele, dá para ver que ele está muito triste. A gente vê passando pela televisão, mas não sabe a proporção que é quando acontece com a gente. Está sendo muito difícil para mim, para ele, para a mãe dele", desabafou.

A mãe dele, Vanessa Cristina, cobrou respeito e classificou a situação como "inaceitável".

"Espero respeito, não só pelo meu filho mas por todas as crianças ou adultos que passam por isso, porque isso é inaceitável", afirmou.

Apoio de Neymar

Luiz Eduardo afirmou que o que ocorreu não vai deixar de perseguir o sonho de ser jogador de futebol.

"Fiquei muito triste e nem joguei direito, mas quero erguer a cabeça e seguir em frente. Respeitem o próximo. Não desistam de seus sonhos", desabafou o menino.

O garoto recebeu o apoio de vários jogadores profissionais, incluindo Neymar, que pediu para que ele não desistisse, desejou força e afirmou que está na torcida por ele.

Gabriel Jesus também enviou uma mensagem de apoio ao menino. Ele disse que ficou triste com o que ocorreu e pediu que ele "siga em frente, forte, por mais difícil que seja".

Vários clubes brasileiros, como Santos, Fluminense e Vasco, abriram as portas para que Luiz Eduardo possa fazer testes nas categorias de base.

Técnico nega ofensas

O técnico suspeito de ser o autor das ofensas negou todas as acusações. Lázaro Caiana, que também é negro, afirmou que o episódio não ocorreu e que essa situação é "impensável".

"Coisa que não aconteceu [racismo], somos totalmente contra esse tipo de atitude. Entendemos que esse tipo de situação não pode acontecer até mesmo porque estamos totalmente do lado do atleta, que nossa equipe também tem atletas negros. Nossa família é negra, nossa comissão técnica, quase que 90%, é negra. Isso é uma situação impensável de ter acontecido", defendeu-se.

"Logo mais a verdade estará à tona. Nós estamos tomando as medidas legais, cabíveis e não cabíveis nessa situação para a gente poder reaver a nossa honra e realmente descobrir quem fez a situação com esse atleta, porque nós não concordamos com esse tipo de atitude", completou.

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