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João Campos e Marília Arraes disputam 2º turno no Recife

Candidatos são primos de segundo grau

O segundo turno das eleições para prefeito do Recife será disputado entre os candidatos João Campos (PSB), do mesmo partido de Geraldo Julio, atual prefeito da cidade, e por Marília Arraes (PT), partido que elegeu os ex-prefeitos João Paulo e João da Costa.

Segundo a Justiça Eleitoral, com 100% dos votos apurados neste domingo (15), João Campos teve 233.028 votos, o que corresponde a 29,17% dos votos válidos. Marília Arraes recebeu 223.248 votos, o equivalente a 27,95%. O terceiro colocado foi Mendonça Filho (DEM), com 200.551 votos, ou 25,11% (veja percentuais de voto no final da reportagem).

João e Marília são primos de segundo grau. Ela é filha de Marcos Arraes de Alencar, que é irmão de Ana Arraes de Alencar, ambos filhos do ex-governador Miguel Arraes. Ana, por sua vez, é a mãe de Eduardo Campos, também ex-governador de Pernambuco, pai de João Campos.

Durante o primeiro turno, João Campos liderou todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelo Ibope e pelo Datafolha. Marília chegou a ficar em terceiro lugar, atrás de Mendonça Filho.

João Campos

Recifense, João Henrique de Andrade Lima Campos tem 26 anos e é deputado federal em primeira legislatura e vice-líder do PSB na Câmara Federal. Filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos se formou em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2016.

João Campos assumiu o cargo de chefe de gabinete do governo de Pernambuco, em 2016, durante o mandato de Paulo Câmara. O candidato também é vice-presidente nacional de Relações Federativas do Partido Socialista Brasileiro.

Em 2018, se candidatou pela primeira vez e foi eleito deputado federal pelo PSB. Ele é um dos vice-líderes do partido na Câmara dos Deputados.

Marília Arraes

Recifense, Marília Valença Rocha Arraes de Alencar tem 36 anos, é advogada, mãe de Maria Isabel e deputada federal em primeira legislatura. Também foi vereadora da capital pernambucana por três mandatos, sendo dois pelo PSB e um pelo PT.

Foi secretária estadual de Juventude e Emprego de Pernambuco entre 2007 e 2008, na gestão de Eduardo Campos (PSB), e em 2013, atuou como secretária de Juventude e Qualificação Profissional do Recife, na gestão de Geraldo Julio (PSB), deixando o cargo em 2014.

Saiu do PSB em 2016, quando se elegeu vereadora pelo PT, cargo que deixou em 2018 para concorrer a deputada federal, também pelo Partido dos Trabalhadores.

Propostas

Entre as principais propostas de João Campos, apresentadas durante a campanha de 2020, estão: construir o Hospital da Criança, duplicar o número de vagas nas creches municipais, criar três centros voltados para empreendedores, aumentar o número de unidades do Compaz, ampliar as faixas azuis (exclusivas de ônibus) e investir R$ 50 milhões em áreas de morro.

Já entre as principais propostas de Marília Arraes, estão: revitalizar o Centro Bido Krause e reativar escola profissionalizante do local, zerar a fila de espera para vagas em creches, criar três centros de medicina diagnóstica, ampliar em 25% equipes de assistência à saúde bucal e oferecer crédito popular sem cobrança de juros para microempreendedores individuais.

Confira a votação de todos os candidatos do Recife:

João Campos (PSB): 29,17% (233.028 votos)

Marília Arraes (PT): 27,95% (223.248 votos)

Mendonça Filho (DEM): 25,11% (200.551 votos)

Delegada Patrícia (Podemos): 14,06% (112.296 votos)

Coronel Feitosa (PSC): 1,74% (13.938 votos)

Carlos (PSL): 1,18% (9.441 votos)

Charbel (Novo): 0.48% (3.867 votos)

Thiago Santos (UP): 0,15% (1.232 votos)

Claudia Ribeiro (PSTU): 0,15% (1.190 votos)

Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), apesar de aparecer nas urnas eleitorais decidiu retirar a candidatura. Victor Assis (PCO) teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.

Campanha e pesquisas

Desde o início da campanha eleitoral, João Campos ocupava o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Marília Arraes vinha logo em seguida, exceto na primeira pesquisa Ibope, divulgada em 2 e outubro. No levantamento, a petista tinha 14%, ante os 19% de Mendonça Filho, que vinha em segundo.

Logo em seguida, as intenções de voto a Marília Arraes superaram as de Mendonça Filho, que, por vezes, passou a ocupar o quarto lugar nas pesquisas, abaixo da Delegada Patrícia.

Petista, Marília Arraes, durante a campanha, associou seu nome ao do avó, Miguel Arraes, e ao do ex-presidente Lula (PT), que apoiou a candidatura dela e com quem a candidata chegou a gravar material publicitário. João Campos, por sua vez, vinculou a própria trajetória política à do pai, Eduardo Campos.

Carioca, a Delegada Patrícia chegou a se aproximar do segundo lugar, junto com a candidata petista. Na metade da campanha, no entanto, Patrícia viu as intenções de voto diminuírem exponencialmente, ao passo que passou a ocupar o primeiro lugar entre os candidatos com maior rejeição dos eleitores, de acordo com as pesquisas Ibope e Datafolha.

Delegada Patrícia, que durante a campanha não fez menções a Jair Bolsonaro (sem partido), recebeu o apoio oficial do presidente no último fim de semana anterior à votação. A vinculação da campanha dela à imagem do presidente, no entanto, provocou discordância e polêmica na chapa, composta com o partido Cidadania, cujo Diretório Nacional decidiu se afastar da campanha.

Com a queda nas intenções de voto em Delegada Patrícia, Mendonça Filho, que compõe chapa com a deputada estadual Priscila Krause, também do DEM, voltou a ocupar o terceiro lugar nas pesquisas.

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