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Fabio Wajngarten X Executivo da Pfizer: Veja pontos das declarações dos dois depoentes

Senadores fizeram nesta semana perguntas a dois personagens considerados chave para entender por que o governo federal não comprou vacinas da Pfizer/BioNTech em 2020

Contatos do governo com a Pfizer

Fábio Wajngarten

O ex-secretário de Comunicação deu duas versões: na primeira, disse que nunca procurou a Pfizer. Depois, Wajngarten disse que mandou, sim, um e-mail ao executivo da farmacêutica assim que soube da chegada da carta da empresa ao governo brasileiro — mas reconheceu que esse contato só foi feito em novembro, dois meses depois de a empresa enviar a proposta sobre doses de vacinas.

Carlos Murillo

No depoimento, o chefe da Pfizer na América Latina confirmou a segunda versão dada por Wajngarten: em 9 de novembro, Murillo recebeu um e-mail que indicava que o ex-secretário queria conversar com o CEO global da farmacêutica. Segundo o representante da empresa, presidente Jair Bolsonaro e Paulo Guedes participaram da conversa. O Ministro da Economia, inclusive, indicou que a farmacêutica precisaria aumentar a quantidade de doses oferecidas ao Brasil.

Número de doses ofertadas

Fábio Wajngarten

O ex-secretário negou que a Pfizer tenha oferecido 70 milhões de doses nas negociações com o governo brasileiro. Segundo ele, a empresa

ofertou “irrisórias 500 mil vacinas” .“Estou dizendo que nunca partiu de mim, em nenhuma reunião com a Pfizer, o volume de 70 milhões.

Oxalá a gente tivesse 70 milhões, infelizmente nunca foi disponibilizado 70 milhões”, disse.

Carlos Murillo

O representante da Pfizer na América Latina explicou que, sim, havia a oferta de 70 milhões de doses entre 2020 e 2021: "Em reunião de 6 de agosto o ministério manifestou interesse na vacina e como consequência em 14 de agosto oferecemos a primeira oferta, uma oferta vinculante. Eram duas ofertas: a mesma oferta, condições e preço, mas uma de 30 milhões de doses e outra de 70 milhões de doses. Essa oferta tinha cronograma de entrega no final de 2020 e início de 2021", explicou Murillo.

Reunião com Carlos Bolsonaro

Fábio Wajngarten

Perguntado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) se teve alguma reunião com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, o ex-secretário disse apenas: “Nunca fui próximo a ele, nunca tive intimidade, nunca tive relação qualquer com ele”.

Carlos Murillo

O executivo da Pfizer afirmou que Carlos Bolsonaro participou com o assessor especial da Presidência Filipe Martins das reuniões sobre as ofertas de vacina da farmacêutica. Carlos ficou brevemente na reunião e saiu da sala. Filipe Garcia Martins ainda permaneceu na reunião”, contou Murillo à CPI.