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Com Covid-19, Boulos exibe cartaz e diz: 'Vai ser de virada'

Candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos foi diagnosticado com coronavírus na última sexta (27)

O candidato o PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, apareceu na sacada de sua casa, no Jardim Catanduva, na Zona Sul de São Paulo, segurando um cartaz com os dizeres: "Vamos virar".

Isolado após ser diagnosticado com coronavírus na ultima sexta-feira (27), Boulos falou brevemente com os eleitores que estão no local e disse acreditar na vitória.

"Vamos virar. Vai ser de virada, vai ser com emoção, aos 48 do segundo tempo, mas nós vamos ganhar", disse.

Boulos também disse ter recebido muitas mensagens de apoiadores nas últimas horas. "O que eu tenho recebido de vídeo, o clima que está essa cidade, é clima da virada", afirmou.

Em um dos momentos em que apareceu na sacada, Boulos afirmou que está bem, sem sintomas da doença, e que irá aguardar o resultado para se manifestar publicamente.

No sábado (28), após apresentar febre e dores no corpo, Boulos recebeu a visita do infectologista Esper Kallas. O atendimento médico foi uma medida de precaução, de acordo com nota da campanha.

"Vote por mim"

Luiza Erundina, candidata a vice-prefeita na chapa com Guilherme Boulos, votou na manhã deste domingo (29), na Zona Sul de São Paulo. Na porta do colégio eleitoral, ela contou que telefonou para Boulos antes de sair de casa.

"Hoje eu liguei para ele e falei: olha, estou indo votar. Ele disse: fica tranquila, nós vamos ganhar, vote por mim. Ele está feliz, está alegre", comentou Erundina.

Assistente social e deputada federal, Luiza Erundina foi prefeita de São Paulo de 1989 a 1992. Foi a primeira mulher a comandar a prefeitura da capital paulista.

Em conversa com jornalistas após votar, ela recordou o pleito de 88, quando não era considerada a favorita nem pela cúpula de seu antigo partido, o PT.

À época, Erundina conquistou as bases da legenda e venceu, nas prévias do partido, o também pré-candidato, Plínio de Arruda Sampaio. Nas urnas, derrotou os adversários José Serra (PSDB) e Paulo Maluf.

"Em 88, eu era o patinho feio da campanha. Ninguém acreditava na minha habilidade eleitoral. Nem o meu partido na época acreditava. Chegamos no dia da eleição, eu em terceiro lugar, com 18% [das intenções de voto]. E os companheiros de partido diziam: está ótimo, a gente nunca teve tanto voto na capital. E eu acreditava: não, dá para fazer mais. E não deu outra: nós ganhamos quando ninguém acreditava nessa possibilidade. (...) E deu Luiza Erundina, uma nordestina, uma mulher do povo, uma mulher que trabalhava com favela, como assistente social."

Erundina votou na Escola Estadual Rui Bloem, no bairro Mirandópolis. Ela foi acompanhada por um grupo de apoiadores e deixou o local sob aplausos.

Durante a campanha, Erundina, que faz parte do grupo de risco para a Covid-19, participou das agendas em um carro com placas de acrílico para evitar que ela tivesse contato direto com o público. O veículo adaptado era similar ao papamóvel, carro usado pelo papa João Paulo II para percorrer cidades nos anos 80 e 90.

Apesar das restrições, ela celebrou a campanha e disse estar muito animada com o retorno que recebeu dos eleitores nas ruas.

"Deu para ver nas ruas uma multidão de jovens e de adultos, o olho brilhando, descobrindo a política, o novo, descobrindo a forma de mudar o mundo. E primeiro é preciso acreditar que é possível mudar o mundo para ver se a gente consegue mudar o nosso pedaço, e a cidade, e o país. Nós vamos fazer isso se chegarmos lá".

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