Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Caminhos da Reportagem resgata tradições e heranças negras no Brasil

Programa fala sobre quilombos, capoeira e cultura afrodescendente

Há 134 anos, a escravidão no Brasil era abolida. O país foi o local na América que mais recebeu negros cativos: 4,86 milhões de africanos escravizados, entre os séculos 16 e 19, segundo o Banco de Dados do Comércio Transatlântico de Escravos, que contém informações de mais de 35 mil viagens de navios negreiros. Mas até hoje, a escravidão ainda ecoa na sociedade brasileira. Na semana em que se lembra esse período do país, o Caminhos da Reportagem traz um pouco da história e das consequências para o país, com o episódio A luta pela abolição, produzido pela TV Feira, parceira da TV Brasil. O programa vai ao ar neste domingo (15), às 22h.

Os principais pontos de partida de um negro escravizado que chegava no Brasil eram Rio de Janeiro e Salvador. Locais onde até hoje a cultura afrodescendente é forte. Na Bahia, muitos negros foram levados para o interior, para cidades como Feira de Santana. Foi lá que Lucas da Feira, um escravo fugitivo, fez história. Precursor do cangaço, formou um bando que aterrorizou a região e ousou a desafiar o sistema da época para viver em liberdade.

Leia também

Lucas acabou sendo preso pela polícia e morto enforcado em 1849. Mas ainda é uma figura que simboliza em Feira de Santana a rebelião contra o sistema escravocrata. “Eles estavam lutando contra uma estrutura violenta e essa era uma reação a essa estrutura, que tentou tirar dele o direito de ser humano e de ser livre”, explica a historiadora Eliane de Jesus Costa.

Na história pela liberdade, também entram os quilombos, sempre lembrados pelo icônico Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, que chegou a reunir 20 mil escravos fugidos no interior de Alagoas. A historiadora Railma dos Santos veio de uma comunidade remanescente de quilombo, na Bahia, e explica que várias tradições saíram desses locais. “São tradições que perpassam a escravidão e a experiência negra rural do Brasil, como o samba de roda, a bata do feijão, entre outros”, conta.

Quando houve a abolição da escravatura, havia uma expectativa por parte da população negra de inclusão social. E não foi o que aconteceu. Mas a partir daí, também começou a surgir um movimento negro de ajuda aos negros. Prova disso é a Irmandade dos Homens Pretos, de Salvador, que foi responsável pela construção da Igreja do Rosário dos Pretos, símbolo do sincretismo religioso no Pelourinho, em Salvador.

Antes mesmo da abolição, a Irmandade já se movimentava para dar apoio à comunidade negra. “A irmandade começa a angariar fundos para comprar a liberdade de negros escravizados e também para poder cuidar do sepultamento deles”, explica William Justo, primeiro-secretário da Irmandade, que existe até hoje.

É herança desse tempo também a capoeira, uma mistura de dança, luta, artes marciais e música. Da proibição, nos tempos da escravidão, para Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, da UNESCO, a capoeira acompanhou a luta pela liberdade dos negros no país. E hoje, para o mestre de capoeira Ronaldo Santos Rosa, é uma grande propaganda para o Brasil lá fora: “é o maior agente de língua portuguesa, eu já vi um japonês, no Japão, cantando em português porque praticava capoeira”.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas