O general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), foi preso neste sábado (14), em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele estava com sua família após retornar de uma viagem a Alagoas, segundo informou o site Metrópoles.
A Polícia Federal (PF) cumpre, neste sábado (14/12), mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado com objetivo de impedir a posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
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A estratégia da Polícia Federal foi aguardá-lo voltar para evitar expô-lo ao constrangimento diante de familiares. O general retornou da viagem na noite dessa sexta-feira (13). Como as buscas só podem ser feitas durante o dia, a operação foi deflagrada neste sábado.
Braga Netto foi indiciado pela PF por sua participação em dois núcleos dentro do grupo que teria planejado o golpe. O primeiro, denominado Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado, e o segundo, o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas. Nesse contexto, o general teria sido responsável por eleger alvos para ataques pessoais contra militares que se opunham ao movimento golpista, além de influenciar e incitar apoio de outros setores.
O que teria motivado a prisão do general foi a tentativa de acessar o depoimento de Mauro Cid, que também é investigado no inquérito.
Além da prisão de Braga Netto, a PF cumpre mandados de busca e apreensão em Brasília, incluindo um contra o coronel Flávio Peregrino, ex-assessor do general. A operação visa evitar que haja novas ações ilícitas que possam comprometer a produção de provas e a continuidade da investigação.
A PF continua investigando a participação de Braga Netto e outros envolvidos na tentativa de golpear a democracia brasileira, com o objetivo de preservar a integridade das instituições e garantir a responsabilização dos envolvidos.