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HOME > notícias > BRASIL

Bolsonaro diz que houve fraude nas eleições nos EUA, sem apresentar provas

Presidente votou pela manhã no Rio e tirou a máscara para falar com eleitores e jornalistas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio. Ele chegou por volta das 10h35 deste domingo (29) ao local e conversou com eleitores e jornalistas, após tirar a máscara que usava.

O presidente disse ter informações de que houve fraude na eleição presidencial dos Estados Unidos, mas não apresentou nenhuma prova.

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"Tenho as minhas fontes de informação -- não adianta falar para vocês, não vão divulgar --, que realmente teve muitas fraudes lá. Teve e isso ninguém discute. Se elas foram suficientes para definir um ou outro eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais , afirmou Bolsonaro sobre as eleição americana.

Vários líderes mundiais já reconheceram a vitória de Joe Biden na disputa contra Donald Trump, que buscava a reeleição.

Durante a apuração dos votos, Trump, de quem Bolsonaro diz se considerar mais próximo, chegou a declarar vitória e repetidamente denunciou fraude eleitoral, mas não apresentou provas que fosse consideradas concretas pela Justiça.

Na sexta (27), uma corte federal de apelações nos Estados Unidos rejeitou o pedido dos advogados do presidente Donald Trump de bloquear a certificação da vitória de Joe Biden no estado da Pensilvânia.

Neste domingo, terminou a recontagem em Wisconsin, que apenas serviu para aumentar a margem de vitória de Biden. Foi mais uma derrota para o republicano, que tentou reverter os resultados em seis estados por meio de ações judiciais.

Em 11 de novembro um levantamento do "New York Times" junto aos responsáveis pelas votações nos 50 estados mostrava que em nenhum deles surgiram evidências de fraudes ou outras irregularidades.

Polêmica com a China

O presidente também comentou a polêmica com a China e disse que o país precisa mais do Brasil do que o contrário.

"Não tem problema nenhum com a China. Nós precisamos da China e a China precisa muito mais de nós. Nós temos interesse na China, eles têm interesse em nós. Eles tem quase 1,4 bilhão de pessoas para alimentar. A China tem se transformado, nos últimos anos, em mais urbana do que rural. A China, com o problema da peste suína, teve a necessidade de importar commodities do campo nosso."

A crise na diplomacia entre Brasil e China foi provocada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. Na segunda-feira (23), o deputado, que preside a Comissão de Relações Exteriores na Câmara, associou a tecnologia 5G chinesa à espionagem e atacou o Partido Comunista da China. Depois, apagou o comentário feito em rede social.

A embaixada da China usou a mesma rede social para rebater o deputado e criticar os constantes ataques, que chamou de "declarações infames". Na quinta (26), o vice-presidente minimizou os ataques de Eduardo Bolsonaro. Na sexta, Hamilton Mourão endossou a crítica do Itamaraty à embaixada chinesa.

O Itamaraty não reprovou as declarações de Eduardo Bolsonaro.

Voto impresso

Bolsonaro votou acompanhado por uma comitiva e usava máscara, como determinam as medidas sanitárias em vigor na capital fluminense. Cerca de 25 apoiadores do presidente estavam no local.

Após votar, o presidente tirou a máscara para falar com eleitores e, também sem provas, voltou a dizer que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável.

"Que nós possamos ter em 2022 um sistema seguro que possa dar garantias ao eleitor que em quem ele votou, o voto foi efetivamente para aquela pessoa. A questão do voto impresso é uma necessidade, está na boca do povo. Desde há muito eu luto no tocante a isso. E as reclamações são demais. Não adianta alguém querer bater no peito e falar que é seguro, não tem como comprovar. Estamos vendo o trabalho de hacker em tudo quanto é lugar aqui, até fora do Brasil", disse o presidente.

Mais tarde, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, foi questionado sobre as declarações de Bolsonaro a respeito da segurança do sistema eleitora.

Em entrevista coletiva após a realização do segundo turno das eleições municipais, Barroso afirmou que, se o presidente ou qualquer pessoa tiver "comprovação de fraude" nas eleições, a Corte vai apurar.

"Todos os candidatos de todos os partidos já têm os boletins de urna e portanto todos podem conferir - e de fato conferem - se correspondem ao boletim da urna. Por essa razão que o sistema não é fraudável... E, se tivesse trazido, o TSE seria o primeiro interessado a investigar. Jamais se comprovou qualquer aspecto fraudulento no sistema. Ele até hoje se revelou imune à fraude e vale desde 1996", disse Barroso.

Nestas eleições, uma análise da Polícia Federal em conjunto com o TSE apontou que um ataque hacker acessou apenas dados administrativos do tribunal no primeiro turno. Segundo o TSE, esses ataques não afetam a votação porque as urnas não estão ligadas à internet. Portanto, os equipamentos não são vulneráveis a ataques.

No ano passado, as urnas eletrônicas foram submetidas a um grupo de peritos da Polícia Federal, que encontrou duas falhas consideradas superficiais no sistema. De acordo com o tribunal, as falhas detectadas não alteram a segurança do processo eleitoral.

O suspeito pelo ataque foi preso em Portugal, neste sábado (28), em uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária Portuguesa. O preso é um cidadão português de 19 anos, que usaria o codinome Zambrius e comandaria um grupo intitulado Cyberteam.

Ainda de acordo com o presidente, o TSE tem obrigação de "entregar o voto impresso" em função da transparência e que pretende discutir a questão no ano que vem.

"Tenho conversado com as lideranças do Congresso e nós pretendemos, no começo do ano que vem, partir pra isso. A decisão é do Poder Executivo e do Poder Legislativo".

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