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Alvo de impeachment, governador de SC afastado entrega 'Carta ao Parlamento'

Documento diz em "reduzir distâncias" entre os que defendem "a felicidade e o bem de todos que vivem em Santa Catarina".

O governador de Santa Catarina afastado, Carlos Moisés (PSL), entregou uma "Carta ao Parlamento Catarinense" ao presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), Julio Garcia (PSD), durante uma reunião na quarta-feira (4).

O documento tem uma mensagem de reaproximação aos 40 deputados da Casa, e a iniciativa do encontro, que ocorreu no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis, partiu de Moisés, que está sendo alvo de dois processos de impeachment que tramitam na Alesc.

Na carta, o governador afastado envia cumprimentos pelo trabalho feito por desembargadores e deputados no Tribunal Especial do Julgamento, mesmo que discorde do resultado da decisão em votação. (Veja abaixo carta na íntegra)

"Isso não impede, contudo, de reconhecer o importante papel desempenhado por Vossas Excelências e por essa Casa Legislativa, não só nesse episódio, mas ao longo da história de Santa Catarina", escreveu.

O afastamento provisório do governador por até 120 dias foi aprovado por 6 votos a 4 na madrugada de sábado (24), sendo que a maioria foi dos deputados estaduais escolhidos para o tribunal do primeiro processo de impeachment. A denúncia contra a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), foi arquivada e, por isso, ela assumiu o governo interinamente na terça-feira.

A carta cita o trabalho da deputada Paulinha (PDT), ex-líder de governo, que colocou o cargo à disposição quando Daniela assumiu internamente.

"Paulinha trabalhou de forma intensa, vibrante e comprometida para cumprir a missão que lhe foi confiada", afirmou Moisés.

Tanto na carta, quanto nas redes sociais, Moisés fala sobre a "redução de distâncias" com o Legislativo mirando no retorno ao governo.

"Há que se pugnar pelo diálogo e manter férrea disposição para reduzir - sempre que possível - distâncias que afastem, mesmo que de modo temporário, aqueles que têm como objetivo uma mesma bandeira: a felicidade e o bem de todos que vivem em Santa Catarina", disse.

Em outubro, Garcia foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de corrupção, peculato e fraude em licitação e contrato subsequente na operação Alcatraz. Esta foi a segunda denúncia contra o deputado na ação deflagrada em 2019 para investigar supostas fraudes em licitações, desvio de dinheiro e superfaturamento de contratos. A defesa diz que a denúncia é indevida, baseada em especulações e que é uma "queima de reputação pessoal e política".

Antes do resultado do primeiro julgamento de impeachment, o deputado poderia ser o grande beneficiado se o governador e a vice fossem cassados provisoriamente, pois seria o primeiro na linha sucessória para assumir o cargo.

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