Antes era apenas a Fazenda Pedras, do Dr. João Aristides Correia de Figueiredo, encravada no território dos Cânions do São Francisco.
Como constatamos, a região é um grande teatro multissecular de portas abertas.
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Por aqui passaram o Índio, o Colonizador português e o negro. Como disse Gilberto Freyre, foi a formação do povo brasileiro, a maior aventura genética do planeta.
Durante séculos, foi o corredor por onde passavam rio acima o pano, o sal e o sabão. Já rio abaixo, fluíam as boiadas, o couro de bode e a pedra de afiar para suprir os engenhos do litoral.
A partir de 1853 passaram os engenheiros do Império levantando todo o rio São Francisco. Deixam registrado em gravuras a Fazenda Pedras, serra do Craúna e a Pedra do Sino, hoje Piranhas.
Pisou nestas veredas, como primeiro turista, D Pedro II em 1859 para conhecer a Cachoeira.
Pisaram os ingleses e mais nove mil flagelados da seca de 1877. Construíram a ferrovia que interligava o alto ao baixo São Francisco. Foi a primeira tentativa de desenvolver a região. Ao passo que se inaugurava o vapor no alto sertão alagoano em 1883.
Em 1902, chega na Pedra, Delmiro Gouveia. Ao juntar os braços que sobraram da Guerra de Canudos, parte para mais um desafio: construir o mais arrojado projeto Agro industrial do país, usando a mais moderna força motriz da época, a energia elétrica.
Em 1914 inaugura a segunda hidroelétrica do Brasil uma moderna Vila Operária e a primeira fábrica de linha de costura da América Latina, a Agro Fabril Mercantil.
Foi na Vila da Pedra que foram criadas pela primeira vez no país, regras trabalhistas. Essas que, em 1930, Getúlio Vargas transformou em lei. Portanto, a Vila da Pedra é o berço da CLT Brasileira.
Esse esplêndido e sólido complexo industrial, resistiu ao assassinato de seu fundador em 1917.
Na década de 20 entram em cena os herdeiros do industrial Alberto Menezes, fundador do CIPER, Companhia Industrial Pernambucana.
Durante o século XX, enfrentam guerras, revoluções, secas e até o cangaço…. Já nos anos 80, diante do maior abalo financeiro de nossa história, sucumbe o Grande Antônio Carlos de Menezes, deixando seu último apelo: “Peco as autoridades que não permitam que os funcionários dessa empresa passem necessidades”… Fecha-se o Segundo Ato …
Em 1992, entra em cena como protagonista o industrial Carlos Lyra, que heroicamente conduz o empreendimento ao século XXI. Diante das crises da globalidade, não suporta as pressões da maior potência industrial do planeta: a China.
A Fábrica da Pedra encerra as portas em 2018.
Mas, nos camarins o trabalho continua.
O Grupo Carlos Lyra, num extraordinário exemplo de resiliência, abre mais uma vez o Pano. E, no palco, o Shopping Villa da Pedra!
Surge imponente com a mesma arquitetura e a mesma MISSÃO há 108 anos: Consolidar na região a economia mais moderna do planeta.
Para isto é necessário “tecer” um novo “ tecido” com as matérias primas próprias, com os “fios” do lugar que são :
-O Canal do Sertão. Este irá proporcionar um Centro de Exportação de Produtos Agrícolas, capaz de fazer fluir diariamente na cidade em torno de 5 mil pessoas.
- O MONA (Monumento Natural do Rio São Francisco) com suas extraordinárias belezas cênicas além da grande estrutura turística. Tudo isto faz dos Cânions o sexto parque mais visitado do Brasil, superando Fernando de Noronha.
- Aeroporto de Paulo Afonso, dentro dos Cânions, é um dos maiores do Nordeste. Este terá papel fundamental para estruturar a economia nos estados de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.
O Shopping da Villa é a Pedra fundamental deste novo tempo…
E nós, homens e mulheres estamos fazendo história, seja como protagonistas, coadjuvantes ou plateia…
Juntos manteremos este grande Teatro vivo!!!!
Viva a Villa da Pedra!
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