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Traição: O Fim ou um Novo Começo?

Ser alvo de uma traição gera um impacto tão grande que a vida demora um pouco para voltar aos trilhos


			
				Traição: O Fim ou um Novo Começo?
Por Alline Fieker – advogada, psicanalista e empreendedora. (Foto: Assessoria)

Não importa a idade, a posição social, o status profissional ou a beleza. Ninguém está imune à infidelidade. Exemplo é o que aconteceu em um passado não muito distante com a cantora Shakira: milionária, bem-sucedida e linda, descobriu os indícios de infidelidade do então marido Gerard Piqué através de um pote de geleia.

Ser alvo de uma traição gera um impacto tão grande que a vida demora um pouco para voltar aos trilhos. Muitas pessoas que foram traídas entram em um processo de regressão mental, invertendo a culpa para elas. Com frequência, passam a ter pensamentos como “O que eu deveria ter feito e não fiz?”, “Onde eu deixei a desejar?”, “Onde eu errei?”, entre outros. Isso acontece porque o inconsciente de quem está se culpando busca encontrar uma justificativa para perdoar o traidor e continuar com ele. Nesse mecanismo, a culpa de quem foi infiel é anulada, isso porque na mente da pessoa traída ela criou motivos para tanto e mereceu. Triste, não?

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Dito isso, as perguntas que não querem calar são: Por que os homens traem? E as mulheres traem pelos mesmos motivos que eles?

Basicamente, a explicação para a infidelidade masculina pode ser dividida em dois grupos distintos: o primeiro é formado por homens que estão muito bem em seus relacionamentos e traem porque faz parte da cultura deles. Eles foram condicionados desde cedo a reforçar a masculinidade. A família e o círculo social mais próximo tiveram papel na construção do estereótipo do conquistador. Esses homens podem estar casados com as melhores mulheres do mundo e terem todas as afinidades com elas, mas irão trai-las. É um ledo engano pensar que só trai quem está em um relacionamento ruim.

O segundo grupo é composto por homens que estão enfrentando dificuldades no relacionamento. Estes normalmente traem por insatisfação com a rotina e pela necessidade de se autoafirmarem na sua masculinidade, já que não se sentem mais desejados pelas suas mulheres e falta o diálogo que promoveria os ajustes necessários para melhorar a conexão no relacionamento.

A mulher, por sua vez, geralmente justifica a traição na falta de amor, de atenção, para levantar a autoestima, por vingança ou por não se sentir mais desejada pelo parceiro. Outra possível razão é a existência de desejos íntimos não satisfeitos pelo companheiro. Neste caso, também falta diálogo entre ambos.

O primeiro passo para superar uma infidelidade é evitar remoer os detalhes da história. Quem fica sentindo essa dor por muitos anos padece de um vício em sofrimento: todas as vezes que pensa no que aconteceu, revive a dor da traição. A partir disso, é criada uma atmosfera de melancolia e infelicidade infinitas. É como se a pessoa estivesse dentro de uma bolha de autopiedade.

Talvez você esteja se perguntando se é possível restaurar o casamento e voltar a ser feliz com a mesma pessoa. Ou de repente você é do time que considera reconciliação como carta fora do baralho. Aqui, cabe uma importante observação: perdoar uma traição não significa aceitar o outro de volta, tampouco ser indiferente ao que ele fez.

Cada caso é um caso. Há diferentes situações e perspectivas a serem analisadas. Por mais desafiador que possa parecer, é necessário buscar discernimento para avaliar qual a melhor decisão a ser tomada. Definitivamente, o desespero não é o melhor conselheiro.

Se você é mulher, imagine-se casada há pelo menos dez anos e feliz no seu relacionamento. Mas de uma hora para a outra, descobre uma traição por parte do marido. O seu mundo desaba. A sensação é de que os seus sonhos foram construídos em um castelo de areia e dá vontade de sumir, mas será que é o caso de se separar imediatamente?

Se você é um homem que está lendo este artigo, adapte a pergunta acima à sua realidade.

Os aspectos a serem ponderados envolvem o fato desta relação ter sido marcada por mais momentos felizes do que tristes, se o parceiro (ou parceira) sempre foi seu cúmplice e apoiador, se geralmente se fazia presente nos momentos difíceis, entre outros.

Se a resposta a tais fatores for positiva e se ainda houver amor entre os cônjuges, é possível que o casal estabeleça uma conversa para cogitar uma segunda chance. É fácil? De jeito nenhum é possível afirmar que sim. Haja diálogo até entenderem o que aconteceu, reconhecerem os erros, compreenderem a dinâmica psíquica que os levou a essa situação, disposição e comprometimento para mudarem de atitude e encerrarem o assunto!

Agora, se quem traiu já deixava muito a desejar no relacionamento e você já tinha outros problemas com essa pessoa, cabe refletir sobre o real motivo que te leva a pensar em continuar com essa pessoa. Se for uma resposta como “Sou mais respeitada socialmente estando casada”, “Não me sustento sozinha”, “Tenho que poupar meus filhos”, “Sou uma heroína em continuar levando o meu relacionamento adiante para o bem de todos”, é provável que não haja muito futuro para vocês.

Independentemente de decidir se o relacionamento continuará a dois ou se cada um partirá para carreira solo, perdoar uma traição significa conseguir verdadeiramente ir em frente sem um pesar no coração. É ter confiança em si e fazer a escolha do que te faz mais feliz. Neste processo, a terapia com profissional da saúde mental qualificado é um recurso que auxilia muito no caminho da superação.

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*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

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