Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > ARTIGOS

O que o desarmamento da Ucrânia ensina ao Brasil e que nunca te contaram

Ucrânia se desarmou e desfez de 1600 ogivas nucleares, após décadas de paz conquistada pelo poderio das armas

Poucos sabem que a resistência ucraniana à invasão do exército russo ocorre 28 anos após o país deixar de ser uma potência atômica. Isso porque em 1994, a Ucrânia se desarmou e desfez de 1600 ogivas nucleares, após décadas de paz conquistada pelo poderio das armas. A atual guerra nos lembra a resistência que antecedeu ao Holodomor na Ucrânia (1931 - 1933) provocado pelas políticas econômicas do ditador comunista Stálin, da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviética.

Diferente da Ucrânia, segundo pesquisa da Small Arms Survey, nos EUA existem 270 milhões de armas nas mãos de civis, na Índia são 46 milhões, na China há 40 milhões e na Alemanha são 25 milhões. Nenhum desses países sofreram desde a segunda guerra mundial qualquer ameaça de invasão. Além disso, são potências militares e atômicas.

Leia também

No Holodomor morreram de fome aproximadamente 5 milhões de ucranianos, contudo, as estimativas apontam para mais 14 milhões quando se levarmos em conta os efeitos prolongados dessa política econômica de Stálin.

A lembrança da fome, falta de segurança e defesa que atingem as famílias ucranianas já fez mais de 1,2 milhões de refugiados. Poderia ser qualquer um de nós, cristãos patriotas. Uma tragédia humanitária que somada a destruição da guerra em si promove uma catástrofe. Na verdade, os ucranianos tentam suprir 2 necessidades primárias e vitais: a fisiológica de garantir alimentos e água, por exemplo, além da segurança e defesa. É instintivo, conforme ensina a teoria de Maslow. Aos ucranianos resta, ou fugir, ou resistir desesperadamente a invasão com ou sem armas. É o desespero da lembrança de um país que já foi invadido e usurpado ao longo de sua história e formação enquanto nação. Em uma guerra os valores e ética se perdem. O Governo brasileiro já providenciou meios para receber parcela desse contingente de refugiados.

É preciso lembrar que a Ucrânia é o primeiro país na Europa em terra agricultável e o quarto no mundo pelo valor total em recursos naturais.

Mas o que o desarmamento interfere na invasão da Rússia à Ucrânia?

Mais uma vez é preciso lembrar. Em 1994, a Ucrânia deixou de ser uma potência nuclear com 1600 ogivas ao assinar o Memorando de Budapeste para o desarmamento nuclear, em troca de um tratado de paz e da garantia de nunca ser invadida ou ameaçada. Ou seja, tratado benéfico só as grandes potências, inclusive dos países da OTAN e a própria Rússia que a viam como uma ameaça.

No texto do tratado, a Federação Russa, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América (EUA) reafirmam a sua obrigação de abster-se da ameaça ou do uso da força contra a integridade territorial ou a independência política da Ucrânia, e que nenhuma de suas armas jamais será utilizada contra a Ucrânia, excepto em legítima defesa ou de outra forma, de acordo com a Carta das Nações Unidas.

Com uma Ucrânia vulnerável, invadida pela Rússia e abandonada pelo ocidente, quem sofre não são os governantes dos países em litígio, mas sim a população e já todo mundo, inclusive nós Brasileiros. Em guerras não existem santos e inocentes, mas sim interesses ocultos ou as claras. A população civil, crianças, mulheres e idosos são quem mais sofrem.

O desarmamento mais uma vez demonstrou sua ineficácia, inclusive diante uma guerra. Trago para colaborar ainda minha experiência de 27 anos na segurança pública, sendo 14 anos enquanto Policial Federal, com uma formação especializada e militarizada na Academia Nacional de Polícia. Ao longo desses anos estudei o modelo de mais de 20 países, das forças policiais e armadas, inclusive coordenei planos de segurança adotados por Estados e municípios. Mais uma vez afirmo, sejam os ditadores ou criminosos, comuns ou não, inclusive os de guerra, só possuem o medo da força equivalente ou maior. Quem o diga as forças policiais e de segurança no Brasil que a cada ano perdem mais de 1 mil combatentes, na guerra contra o crime.

É preciso reportar ainda o Brasil que com políticas de maior acesso às armas, investimentos e esforço dos profissionais da segurança e nas forças armadas adotadas pelo Governo do Presidente Bolsonaro viu a maior redução histórica no país de homicídios e crimes nos últimos 3 anos, conforme diferentes pesquisas.

Armas salvam vidas, garantem a defesa física e territorial, sejam em período de paz ou na guerra. Desarmamento não.

Flávio Moreno é Policial Federal, Coordenador dos Agentes Federais do Brasil, Conselheiro da Federação Nacional dos Policiais Federais, Presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas, especialista em segurança com 27 anos na área, formado na Academia Nacional de Polícia

Instagram: @flaviomoreno_apf

Facebook: PolicialFederalFlavioMoreno

Contato: 99102-3602

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas