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O que nos move?

Toma lá, dá cá, na prática, ou o estímulo x resposta para a ciência. Independente da explicação, a situação é a mesma e se retroalimenta: as ações interferem nas suas reações que, por sua vez, interferem nas ações seguintes e assim por diante.

Podemos dizer, em linhas gerais, que a ação é baseada em planejamento e razão, pois ela é relativamente programada. Mas, quando falamos das reações, ai o bicho pega, pois não é mais o nosso planejamento e razão que apitam, mas sim o nosso repertório (formado por nossas experiências e interpretações). São as nossas respostas aos mais variados estímulos do dia a dia, tanto de origem interna quanto externa.

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De acordo com a teoria de Skinner (sou skinneriana de coração), tudo é estímulo resposta. Desafio você, inclusive, a nos exemplificar algo que não seja, quando nos referimos a comportamentos. Quando algo é prazeroso ou nos bonifica de alguma forma, a tendência é repetirmos para termos novamente a suposta recompensa, e, obviamente, por outro lado, com as experiências negativas, naturalmente todo o comportamento se volta para a não repetição do mesmo. Por mais que os resultados (positivos ou negativos) não se repitam, toda a conduta se voltará a esse objetivo. Para reforçar o time, chamei Newton, com a sua terceira lei, mais conhecida como lei da ação e reação, na qual afirma que, para toda força de ação que é aplicada a um corpo, surge uma força de reação em um corpo diferente. Obviamente, não levantarei aqui teorias científicas nem grandes explicações sobre ações e reações, pois já temos outros direcionamentos ao tema.

Entendemos que as ações são mais planejadas e previsíveis, conseguimos controlá-las com mais facilidade, enquanto que as reações, ah, as reações... Literalmente somos reféns das nossas reações, que nos expõem sem nos pedir licença em suas mais diversas esferas. Nelas, o corpo fala e se expressa, pois a razão muitas vezes cede seu lugar a emoção e nos rendemos a ela. “Só acredito nas pessoas que se ruborizam” afirmava o autor e escritor Nelson Rodrigues, se referindo à leitura das emoções.

A emoção é o grande elo entre as ações e reações, e, como consequência dessa equação, temos a interpretação que, baseada nas emoções envolvidas, faz sua leitura e dispara a reação. Traduzindo, as nossas experiências embasam as reações por uma sequência lógica, e, como já dissemos, se a razão permeia as ações, a emoção se responsabiliza pelas reações. Nelas podemos destacar três eixos mais suscetíveis à tônica das emoções: a raiva, o medo e a paixão. Esses grandes temas são muito vulneráveis à rasteira da emoção sobre a razão e, sem dúvida nenhuma, os grandes pontos de complexidade do comportamento humano.

Em linhas gerais, é como se todas as nossas experiências positivas e negativas fossem sendo guardadas em um HD, sendo armazenadas em pastas que seriam as áreas da nossa vida, a cada ação, automaticamente, as reações são baseadas nas nossas experiências anteriores, e assim vão estendendo o nosso repertório. Daí, temos a explicação de como as pessoas reagem a mesma situação de modos totalmente diversos. O que nos leva a refletir sobre, e dar importância, a pensamentos como o do filósofo, dramaturgo e escritor francês Jean-Paul Sartre: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”.

Que estejamos sempre livres e dispostos a apagar algumas pastas, rever seus conteúdos e recontar novas histórias, nos levar em novas emoções e, consequentemente, em novas reações.

Sejamos dignos da confiança do Nelson, a nos permitir ruborizarmos sempre...

@profaerikamarques

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