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“Não Olhe Para Cima” e um feliz 2022

O filme é exagerado, satírico, cômico, trágico, mas, diferentemente da maioria dos filmes hollywoodianos, o final não é feliz.

Em 2012, em liberdade sanitária, escrevi nesse renomado jornal mensagem de final de ano abordando provavelmente o último filme a que assisti naquele ano, que foi o mágico: “As aventuras de Pi”.

O filme mostra como o aprendizado na vida e as crenças nas religiões ajudaram o personagem em situações extremas e traz reflexões profundas sobre o ser humano e a sua relação com “D´us”. Por algum paradoxo, mas agora no cárcere do isolamento sanitário e sem poder desfrutar do prazer de passar a virada do ano com minha família, assisti recentemente ao filme “Não Olhe Para Cima”, de Adam McKay, com Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, dentre outros renomados atores.

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O filme conta a história de dois astrônomos que fazem a descoberta surpreendente de um cometa orbitando dentro do sistema solar, em rota de colisão direta com a Terra, evento capaz de exterminar todos os seres vivos do planeta.

Com apenas seis meses até o impacto, o filme narra a tentativa dos astrônomos de alertar o mundo e convencer as autoridades, obcecadas pelas mídias sociais, a tomarem as providências antes que seja tarde demais. Em cada personagem do filme, vê-se uma caricatura que pode representar uma personalidade real em qualquer lugar do mundo. Autoridades descompromissadas com seus mandatos e preocupadas com reeleições e interesses pessoais.

Empresário sem nenhum compromisso social e, pelo contrário, que se utiliza da fragilidade humana para manipulação e obtenção de ganhos pessoais. Uma mídia que, ao invés de cumprir sua importante função de informar, dedica-se a alimentar o engodo das intrigas e fuxicos em troca da audiência de uma sociedade alienada pelas redes sociais e que pouco se importa se vai sobreviver ou não, visto que o relevante são os likes e as fake news.

O filme é exagerado, satírico, cômico, trágico, mas, diferentemente da maioria dos filmes hollywoodianos, o final não é feliz. Isso porque expõe a obsessão do ser humano, egocêntrico por dinheiro, poder e visibilidade. De igual modo, em tom jocoso, mas, ao mesmo tempo, com algum fundo de verdade, expõe a vulnerabilidade do ser humano em relação aos avanços tecnológicos.

Recomendo ao leitor assistir, até para que faça sua autorreflexão. Contudo, desejo que, findo um ano cheio de adversidades, a humanidade seja mais humana, que se utilize da tecnologia mais a seu favor do que contra si, respeite o próximo mesmo nas redes sociais, sobreponha os vulneráveis em relação às benesses de certos grupos, seja mais produtiva do que especulativa, cuide para diminuir as desigualadas, seja solidária e altruísta, e que, no final do ano que se inicia, possamos dizer que tivemos um ano melhor do que foi o anterior, ou seja, com um final feliz.

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