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A Cegueira da Justiça

Há uma personificação da justiça através da Deusa Thêmis, oriunda da mitologia grega, retratando os bons conselhos

Há uma personificação da justiça através da Deusa Thêmis, oriunda da mitologia grega, retratando os bons conselhos. Cheia de charme, locupletada por símbolos com significados instigantes aos operadores do direito e aos que da justiça como um todo, se abarcam e são acolhidos.

Com os olhos vendados, segurando numa mão uma balança e noutra uma espada, a Deusa deveria imprimir a pura imagem de que a justiça é direcionada a todos, sem distinção, baseada na imparcialidade, igualdade e na força pela luta do direito.

Quem dera se a simbologia fosse o combustível para a verdade dos fatos, para os justos julgamentos e para a concepção aceita de que a justiça é sagrada... Não é o que acontece por aí afora, quando vislumbro e me decepciono com infundadas decisões e posicionamentos.

Trago a cegueira da justiça fazendo menção as vendas nos olhos da Deusa, que deveriam ilustrar a imparcialidade, a capacidade de julgar sem olhar a quem, contudo, sabe qual o significado que essas vendas trazem na contemporaneidade?

Trazem o afastamento do tecnicismo e a aproximação da emoção, dos sentimentos tomados pela ambição, pela ganância e pela falta de pudor profissional que geram conclusões teratológicas. Os “olhos” da justiça fecharam-se ao respeito pelas normas, pela situação em abstrato e em concreto, de modo que passou a enxergar somente o que vem a ser conveniente aos responsáveis pelo funcionamento legal do processo.

É bonito de ver uma justiça sendo feita de fato e de direito, baseada nos ditames da conjuntura que regem a justiça, o direito, o processo e a vida daqueles que desse poder, de uma forma ou de outra, dependem.