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Família de empresário ferido com tiro de fuzil contesta versão da PM

Versão da PM é de que vítima apontou arma para guarnição, mas família contesta e diz que empresário era avesso a arma

A família do empresário Marcelo Barbosa Leite, de 31 anos, que foi atingido com um disparo de fuzil, nas costas, na madrugada de segunda-feira (14), durante uma suposta perseguição, nas imediações do 3° Batalhão da PM, na AL 220 em Arapiraca, contesta a versão policial de que ele estava com um revólver de calibre 38, com numeração raspada e três munições.

Leite segue internado em estado grave. Ontem ele chegou, inclusive, a necessitar de transfusão de sangue O negativo. De acordo com o advogado da vítima, Marcelo é bastante conhecido na cidade, onde trabalha juntamente com seu pai. A defesa dele pondera que, por conta de sua condição financeira e um histórico sem antecedentes, poderia possuir qualquer armamento de forma legal, ao contrário da versão apresentada pelos policiais militares à Delegacia de Arapiraca e que consta nos autos.

"A família se manifestou de forma muito clara de que ele era avesso a armas. Tanto sua esposa e familiares deixaram claro que nunca possuiu arma, nem nunca manifestou interesse em possuir uma, sob qualquer circunstância. E exatamente isso que queremos que seja devidamente apurado", explicou o advogado Victor Oliveira.

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Ao conversar com a reportagem ele informou que Marcelo segue internado com quadro estável, mas ainda considerado grave. Por isso, não pode ser transferido para nenhuma outra unidade. O disparo, efetuado na traseira do veículo, por ter sido com uma arma de grosso calibre perfurou a lataria e atingiu a vítima no lado esquerdo das costas.

Um detalhe importante apresentado pela defesa é que minutos antes ele havia dado sinal de que iria fazer uma conversão, de acordo relato de uma testemunha do caso. Após ser ferido ele chegou a conversar com os militares que ao perceberem o ferimento fizeram os primeiros socorros para estancar o sangramento e levá-lo para o atendimento especializado.

De acordo com o que consta nos autos do inquérito, Marcelo estava em seu veículo e teria passado em alta velocidade. Ainda de acordo com a PM, teria apontado uma arma na direção dos policiais, que teriam dado início a uma perseguição, vindo neste momento efetuado o disparo.

Por outro lado, causa espanto à família o fato do tiro não ter sido dado num dos pneus para obrigar o veículo a parar, mas sim na altura do motorista e, ainda, com uso da força desproporcional no momento da ocorrência. Isto porque, até o momento não há comprovação de que a vítima tenha feito qualquer disparo contra a guarnição.

Um outro fato contestado pela família é o de que o veículo de Marcelo foi retirado do local do fato, o que ajudou a desfazer a dinâmica da ocorrência para uma eventual perícia. Todos estes detalhes estão sendo apresentados ao delegado titular do caso para ajudar a robustecer o inquérito. 

Até o momento o Comando do 3° Batalhão da PM não emitiu nenhum comunicado oficial sobre a ocorrência. O que prevalece é a versão apresentada na Delegacia de Plantão da cidade.