A Polícia Científica do Estado de Alagoas, por meio do Instituto de Criminalística, suspendeu a reprodução simulada do caso Danilo, que estava marcada para esta terça-feira (31), no município de Arapiraca, no Agreste de Alagoas. A reconstituição estava marcada para às 14h30, no Povoado Barreiras, nas proximidades da chácara Forró das Velhas.

Segundo o órgão, a suspensão ocorre devido à ocorrência de chuvas, o que não permitira reproduzir as condições do dia em que o fato aconteceu. A data será novamente alinhada com a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL).

Danilo Fernando da Silva, de 17 anos, foi morto a tiros pela polícia em novembro de 2021. Quatro policiais estão sendo investigados. Desde o início, eles alegam que Danilo conduzia uma motocicleta e não obedeceu a uma ordem de parada. Ao longo da fuga, o adolescente teria sacado uma arma e atirado duas vezes contra a viatura. De acordo com os policiais, os militares reagiram e os disparos atingiram o adolescente.

A reconstituição é aguardada com muita ansiedade por familiares e amigos do adolescente. A mãe de Danilo, Gilvanete Ferreira, contesta a versão dos militares e afirma que o menor não tinha antecedentes criminais.

Em dezembro de 2022, a família de Danilo fez um protesto, junto com parentes do empresário Marcelo Leite, também morto em uma abordagem na mesma cidade, para cobrar Justiça para os dois casos. A reprodução simulada de Marcelo já aconteceu este mês.

O Ministério Público (MP) denunciou, no dia 7 de dezembro, quatro policiais que estavam na abordagem ao adolescente. A 6ª Promotoria de Justiça ofereceu denúncia por lesão corporal seguida de morte e fraude processual.