O governador Paulo Dantas já avisou. Fica no governo até o final. Na prática isso significa que o vice-governador, Ronaldo Lessa, não terá a oportunidade de assumir – de novo – o comando do Estado de forma efetiva.
A decisão de Paulo Dantas foi ‘antecipada’ publicamente pelo Blog do Edivaldo Junior há uma semana (29/10), faltando quase dois anos para as eleições de 2026.
Ficar até o final tem vantagens, segundo interlocutores ligados ao governador: “ele a partir de agora foca na gestão, além disso terá tempo para executar e entregar obras importantes como as duplicações, aeroportos e hospitais”. Melhor do que isso, na avaliação de outros é que o “café” do governador não vai esfriar antes da hora.
A desvantagem para Paulo Dantas será uma eventual pausa na carreira política. Se não disputar nenhum cargo em 2026 poderá ficar sem mandato por dois ou quatro anos.
A decisão de Paulo Dantas, de ficar até o final do governo, não surpreendeu ninguém no grupo dele, formado por Marcelo, Renan Calheiros e Renan Filho. “Esse foi um compromisso do Paulo, de ficar até o final ou sair se existisse a possibilidade de outro nome do grupo assumir o governo num eventual mandato tampão”, pondera.
O ‘dilema’ de Lessa, que esperava ou espera assumir o governo em 2026 terminou, por conta desse “acordo” impactando diretamente na decisão de Paulo Dantas em ficar até o final do governo. Não é falta de confiança ou nada do tipo.
Um dos problemas é que Ronaldo Lessa nunca deixou claro que poderia assumir o governo e não disputar a reeleição, se comprometendo a apoiar o grupo de Paulo Dantas.
Lessa agora vive o dilema de encerrar a carreira como vice-governador ou, quem sabe, disputar um novo cargo em 2026. Diferente de Paulo Dantas, ele poderá, como vice, ser candidato a qualquer cargo nas próximas eleições.