O prefeito de Maceió e o governador de Alagoas fecham 2025 com importantes conquistas. João Henrique Caldas, o JHC (PL), conseguiu ser reeleito com votação expressiva em Maceió, enquanto Paulo Dantas ajudou a eleger aliados em mais de 80% das prefeituras do Estado.
Do ponto de vista político, governador e prefeito seguem bem avaliados. Paulo Dantas tem 67% de aprovação no Estado, enquanto JHC tem mais de 80% de aprovação em Maceió. Os dois mantém maioria com folga no legislativo. Na Assembleia Legislativa, o governador tem uma bancada de 21, dos 27 parlamentares, que chega a 25 deputados, em matérias de “governabilidade”. Na Câmara de Maceió, JHC terá uma bancada oficial oscilando entre 19 e 23 dos 27 veradores.
Apesar da boa performance política, governador e prefeito da capital devem começar o ano de forma em diferente em relação aos gastos públicos.
Paulo Dantas, que não é candidato a nada – salvo fato novo fica no mandato até o final – começa 2025 “apertando os cintos”, controlando gastos, principalmente de custeio. A meta do governo é assegurar o controle das despesas para garantir investimentos da ordem de R$ 3 bilhões. Nesse embalo, tudo indica que o governador pode reduzir o número de secretarias de Estado e aumentar as metas para a redução de gastos.
Já JHC que no momento trabalha com uma eventual candidatura ao governo, deve começar 2025 aumentando as despesas, especialmente com cargos comissionados e com algumas ações de maior efeito de marketing, a exemplo do que acontece agora com os festejos natalinos.
O prefeito começa 2025 aumentando em cerca de 50% o número de cargos comissionados. Atualmente, são 2,4 mil cargos e a partir de 10 de janeiro serão 3,6 mil. O impacto na folha será de mais de R$ 3 milhões mês.
Com o maior número de cargos, o prefeito terá mais margem para ampliar sua base de apoio, não só na Câmara Municipal de Vereadores, mas também na Assembleia Legislativa de Alagoas, bancada federal e nos municípios.
A prefeitura, apesar de ter um orçamento menor na comparação com este ano (cai de R$ 5,3 bi em 2024 para R$ 4,8 bi em 2025), deve garantir investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão. Nesse montante, além de recursos próprios, tem dinheiro de empréstimos e do acordo com a Braskem, que sobrarão de 2024.
Perspectivas
Tanto JHC quanto Paulo Dantas dependem de um bom desempenho na gestão este ano para ter bons resultados em 2026, quer deixem ou não o mandato para disputar outros cargos. Um tropeço nas finan