O dia em que se comemoram os 135 anos da Proclamação da República será marcado por uma série de homenagens na primeira capital alagoana. Marechal Deodoro se transforma, mais uma vez, na sede do Governo de Alagoas, promove tradicionalmente um desfile cívico-militar e estudantil e realiza a solenidade da 4ª edição da entrega da Comenda Municipal do Mérito Dona Rosa da Fonseca a 13 personalidades do Estado.
A programação festiva está marcada para começar às 8h deste dia 15 de novembro, na sede da Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro, que fica no Centro Histórico da cidade, com a transferência da sede do Governo do Estado.
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A cerimônia contará com a presença do governador Paulo Dantas (MDB), do prefeito Cacau Filho (MDB) e outras autoridades políticas locais. O evento inclui homenagens a Manuel Deodoro da Fonseca, o proclamador da República, diante do busto do marechal, localizado em frente ao Palácio Provincial. Está previsto, ainda, o hasteamento dos pavilhões e discurso das autoridades presentes.
Os desfiles com as tropas militares, pelotões estudantis e as bandas fanfarras e filarmônicas deodorenses têm previsão de iniciar às 10h, atraindo grande público na região do Lago de Taperaguá.
Encerrando a programação da data, acontecerá a 4ª edição da entrega da Comenda Municipal Rosa da Fonseca a personalidades alagoanas que atuam e contribuem para o avanço de Alagoas e de Marechal Deodoro, conforme disposto na Lei Municipal nº 1.287 de 29 de julho de 2019. A solenidade ocorrerá no Auditório Governador Divaldo Suruagy, localizado na Rua São Francisco, no Centro Histórico de Marechal Deodoro, a partir das 19h.
Serão agraciados com a comenda: Suely Inácio Ferreira – empresária deodorense; Maria Pastora dos Santos – Folguedo Popular – Pastoril da Ilha de Santa Rita; José João da Rocha Lopes – presidente da Filarmônica Santa Cecília; Mauro José do Monte Vasconcelos – empresário do Hotel Ponta Verde Francês e ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas; Marcelo Alves de Oliveira Júnior – superintendente da Caixa Econômica Federal em Alagoas; Renata dos Santos – secretária de Estado da Fazenda; Vítor Hugo Pereira da Silva – secretário de Governo do Estado de Alagoas; Bruno Albuquerque Toledo – deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas; Roberta Lima Barbosa Bomfim – procuradora-chefe do Ministério Público Federal em Alagoas; Renata Pereira Pires Calheiros – conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas; Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho – desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas; Eduardo Filipe Alves Martins – desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região; e Lean Antônio Ferreira de Araújo – procurador-geral de Justiça de Alagoas.
TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL
Tradicionalmente, o Governo do Estado de Alagoas também transfere para Marechal Deodoro a sede administrativa do Poder Executivo. A medida é prevista na Constituição Estadual de Alagoas e homenageia o município, assim como celebra a história do proclamador da República e primeiro presidente do Brasil.
O município de Marechal Deodoro foi fundado em 1611 com o nome de povoado de Vila Madalena de Sumaúma. Foi a primeira capital da província de Alagoas, entre 1817 e 1839, quando a sede administrativa da província passou a ser Maceió. Em 1939, a cidade recebeu o nome atual, em homenagem a seu filho mais ilustre.
A Proclamação da República encerrou a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por conseguinte, destituiu o então chefe de Estado, imperador D. Pedro II, que em seguida recebeu ordens de partir para o exílio na Europa.
Ela ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do Exército Brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República Brasileira.
O historiador Douglas Apratto lembra que era inevitável o advento da República, devido a uma série de fatores que tornavam a monarquia sem força e capacidade de resistência. Transformações eram exigidas pela camada média da população. A monarquia era uma "planta exótica" nas Américas, uma ilha cercada de repúblicas por todos os lados e vizinhanças.
“Assim, o advento da República será apenas uma troca de guarda dos antigos monarquistas em conflito com as novas lideranças republicanas que surgiam para retomar o controle da situação”, comentou.