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Em nove meses, HGE atendeu quase 4 mil vítimas de acidente de trânsito

Quantitativo é praticamente igual quando comparado ao mesmo período do ano passado


				
					Em nove meses, HGE atendeu quase 4 mil vítimas de acidente de trânsito
Em nove meses, HGE atendeu quase 4 mil vítimas de acidente de trânsito. Carolina Sanches

Em nove meses, o Hospital Geral do Estado (HGE) atendeu 3.984 vítimas de acidentes de trânsito. Foram 1.819 feridos em colisões, 1.535 em acidentes de moto, 337 em atropelamentos, 192 em acidentes de bicicleta e 101 em capotamentos. O quantitativo é praticamente igual se comparado ao mesmo período do ano passado, quando 3.985 usuários foram atendidos na unidade.

O quantitativo é considerado muito elevado. Para o cirurgião geral Amauri Clemente, esse problema mundial de saúde pública é o reflexo da imprudência e do desrespeito às normas que ainda persistem nos cidadãos que conduzem os veículos e também nos pedestres, que trafegam pelas vias.

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“Falta de cortesia, uso do aparelho celular, excesso de velocidade, desuso dos equipamentos de proteção, falta de sinalização e até deslocamento em local proibido continuam sendo relatados pelos pacientes que chegam ao HGE. Os motociclistas têm sido as principais vítimas dessa violência, por vezes embalados por uma pressa e por uma sensação de esperteza, que acabam terminando em tragédia”, pontuou Amauri Clemente.

Nessa quarta-feira (9), um menor de 15 anos, admitido no HGE, sofreu uma colisão quando dirigia a moto de seu pai, sem autorização. A mãe, Rute Moreira, de 52 anos, afirma que não viu quando o filho saiu com o veículo, apesar de ele já ter pilotado em outros momentos. A descoberta se deu com a chegada da notícia do acidente, que ocorreu na Avenida Rui Palmeira, no Vergel do Lago, bairro da capital.

“Ele foi até a padaria e de lá decidiu dar uma volta pela orla lagunar. Quando foi ultrapassar um carro, o motorista decidiu entrar na rua, mas não sinalizou que iria fazer isso. Então ele bateu com a moto e foi jogado na pista. Eu soube disso quando cheguei lá, após ser avisada por um vizinho. Foi um susto! Mas, ele foi socorrido pelos bombeiros e agora estamos aqui no hospital resolvendo os prejuízos”, disse a responsável.

O menor teve fratura no fêmur e no acetábulo direito. A moto, segundo o próprio adolescente, “ficou toda amassada”. O pai do adolescente ficou assustado e chateado com a teimosia do filho. O acidente só não foi pior porque o jovem usava capacete, não conduzia outra pessoa, tampouco se chocou contra um pedestre na via.

“O que nem sempre acontece. Por vezes estamos corretos, mas alguém que não tem o mesmo cuidado e põe tudo a perder. Desse modo, é preciso que todos adotem práticas que minimizem o risco de acidentes. Vale lembrar que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), permitir que uma pessoa menor de idade dirija um veículo é uma infração gravíssima e o proprietário do veículo, ou a pessoa habilitada que permitiu a direção, pode responder criminalmente”, pontuou o cirurgião do HGE.

*Com assessoria

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