A família de Fábio Jhonata da Silva espera que o policial militar aposentado Gedival Souza Silva seja condenado a pena máxima no júri popular marcado para acontecer nesta sexta-feira (3). Gedival é acusado de matar Fábio com disparos de arma de fogo durante uma briga de trânsito, no centro de Maceió em 2021.
Fábio era motorista e trabalhava em uma secretaria do município de Maceió. A mãe Rozângela Ferreira lembra do filho com carinho.
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"Fábio era um filho maravilhoso, um jovem de poucas amizades, mas muito família, que gostava de estar perto de mim, da avó, dos tios", diz mãe de Jonatas.
Fábio e Gedival se envolveram em uma discussão próximo ao Shopping Popular. À época, Gedival havia dito que, durante a confusão, Fábio foi até o carro pegar algo e, achando que a vítima iria buscar uma arma, ele disparou contra ela.
Mas a mãe de Fábio alega que o filho tinha ido no carro pegar o celular para ligar para a secretaria onde ele trabalhava e, nesse momento, foi baleado nas costas.
"Eu peço a condenação máxima, não só 17 anos como falaram, mas a máxima. Que ele pague pelo que fez, porque ele foi muito covarde. Ele atirou em meu filho pelas costas, meu filho não teve direito de defesa. Ele abaixou para pegar o celular e ligar para a secretaria e levou dois tiros pelas costas", desabafa a mãe.
A vítima ainda foi socorrida com vida para o Hospital Geral do Estado (HGE) e permaneceu na unidade de saúde por duas semanas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Rozângela reforça que não consegue medir a dor que sente pela falta do filho.
"Conviver sem a presença do meu filho todos os dias está sendo um pesadelo. É muito doloroso, a dor é muito grande, hoje vivo doente, à base de remédio esse tempo todo. Para mim, a falta do meu filho é muito grande", afirma a mulher.
A esposa de Fábio, Eveline Vieira, também desabafa sobre a perda do marido, mas espera a condenação do policial.
"Infelizmente não vai trazer ele de volta. É uma dor muito grande sempre que a gente relembra o assunto. Não vamos esquecer o Fábio, jamais. Mas vai dar um pouco de tranquilidade para os nossos corações", diz a esposa.
O promotor de Justiça Napoleão Amaral Franco afirma que o PM será julgado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.